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sexta-feira, 5 de outubro de 2007



MERIDIANO JUDEU (conclusão)



O Kremlin que, com o seu oportunismo, já por demais evidenciado, sempre tentara ganhar a simpatia dos árabes, não teve pejo em oferecer o seu apoio ao Mufti de Jerusalém, o mesmo que havia celebrado uma Aliança com Berlim e o Eixo!...
Mas, o plano da criação do Estado Judaico, aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que mais não teria que ratificar uma situação já com forma concreta, facto consumado, irreversível, não resolveu de per si o problema do Povo mártir.
A Liga Árabe, filha parida dos ingleses, a mesma que hoje acusa os israelitas de opressores, anunciou ameaçadora "carnificina como não se assistia desde as invasões mongóis", não respeitando a deliberação do organismo internacional a quem Hoje clama por justiça e a quem solicita apoio.
Os árabes invadiram Israel, de imediato e em várias frentes, iniciando uma provocação que vêm perseguindo há décadas, cujos desígnios só a inesperada e enérgica reacção dos israelitas tem gorado.
Os exércitos árabes invasores, pavoneando-se na certeza duma vitória fácil, exortam os habitantes árabes a abandonarem a zona de conflito, para, alegadamente, melhor executarem o plano de "esmagamento" dos judeus.
E aqui está o cerne do problema dos refugiados árabes, bandeira que os pró-petróleo agitam e com que justificam o terrorismo (Massacre de Munique, raptos, sabotagens, sequestros de aviões....). Os árabes, mesmo com a força dos seus petro-dólares, não conseguiram resolver o problema dos seus próprios refugiados, nada de palpável tendo feito para melhorar a sua sorte. Os israelitas, com uma terra brava e inóspita nas mãos, debatendo-se não só com os problemas próprios dum jovem estado, gastando grande parte das suas energias na sua própria defesa, souberam acolher e dar vida a 500.000 judeus expulsos dos territórios árabes! Eis a questão, eis a diferença.
Nada tenho contra os árabes, nem incriminá-los foi o objectivo deste escrito, tanto mais que a alguém mais responsável caberão as culpas, mas também não podemos fechar os olhos ao extremado radicalismo de algumas das suas franjas, na cegueira fundamentalista dos que, no seu seio, se recusam ao diálogo e ao respeito pelos acordos que os mais lúcidos vão assinando!

Pessoalmente, sou dos que acreditam que os Judeus não são tão maus como os "pintam"!
E a minha nova vizinha já não chama "judeu" ao meu filho, quando ele pratica uma das suas malandrices.
Pensando bem, de judeus temos todos um pouco, nesta vida difícil que se nos depara a cada passo, aqui e por esses cantos do Mundo onde a alma lusa se viu obrigada a viver, para existir.

Com algumas alterações pontuais, escrevi este texto em 1979. Não sei se, passados todos estes anos, o escreveria com outros cambiantes.

A propósito: fiquei maravilhado com as imagens deste sítio. Voltarei a passar por lá, estou certo. - http://www.cityofdavid.org.il/index.html