O simples evocar dum símbolo pátrio, despoleta essa, nem sempre sentida, raiva em mentes com esquerdistas complexos, em ex-fascistas convertidos, há trinta anos, em revolucionários sanhudos e em ressabiados apátridas.
Surpreendido fiquei ao não ouvir o eco dessas serôdias reacções quando os "Lobos" cantaram com garbo, e de garganta viva, o nosso Hino!
Não invento, ao afirmar que muitos dos intelectualóides que pululam por essa Esquerda rançosa não deixaram de os conotar com exacerbados nacionalistas ou perigosos atletas de Extrema Direita.
Qualquer incauto português que exalte os valores pátrios ou exorte os seus símbolos, sujeita-se a esse vulgar labéu!Aplicada que está a vacina contra esse surto epidémico, mas da moda, passo ao que ora interessa.
Já por aqui fui vertendo a opinião de que o nosso destino europeu é inevitável e não há mesmo como retroceder. Entrámos num barco sem retorno e nem o risco corremos de sermos atirados borda fora.
Estamos de corpo todo na grande sociedade europeia e cumpre-nos acompanhar e participar na marcha do grupo.
Isso implica, como é inexorável e de honra, que, enquanto membro, de plenos direitos e deveres, da União Europeia tenhamos que cumprir as normas decididas e aprovadas pelo conjunto das nações que a integram, nos planos político, económico e social.
Mas, também, sabemos que numa União de Estados, todos estamos subordinados ao "todo" e a nenhum Estado em especial, subalternizado por qualquer dos membros que a integram.
E é neste pormenor, ou nem tanto, que a nossa ancestral subserviência me parece vir aflorando, remetendo-nos ao velhinho trauma de menoridade.
Menoridade ou outros obscuros interesses grupais que, por decisões, ou indecisões, ao mais alto nível dos políticos, vão permitindo que os nossos vizinhos espanhóis se arroguem do, não menos antigo, tique de paternalistas.
E, os que têm estado atentos não deixarão de perceber que os interesses políticos, económicos e, até, territoriais de Espanha, se estão a sobrepor aos desígnios do nosso País.
São as grandes empresas espanholas, com os centros de decisão para lá da fronteira, a controlarem a nossa actividade produtiva, com domínio substancial na área da Indústria, na área do Comércio e, até, na área do fabrico e comércio de explosivos civis. O que, como é óbvio, só será possível com a conivência de grandes "vultos" da nossa Praça!
E, parece já estar em marcha, a fase de apropriação de território, quando nos é dado conhecer que instituições bancárias, de capitais públicos espanhóis, acenam aos "nuestros hermanos" com empréstimos de juros baixos, simbólicos, desde que o capital seja aplicado na compra de herdades no Alentejo ou terrenos da serra algarvia!
A pressão é ora mais avassaladora e não lhes estará a faltar o apoio e incentivo por parte dos nossos timoneiros. Como se o almejado controlo ainda não era total, o factor IVA vem-se encarregando do resto: as zonas raianas de Portugal, de há anos a esta parte, estão, economicamente, à mercê de Espanha. É lá que engordam a bolsa dos nossos vizinhos, na aquisição de produtos que, deliberadamente ou não, o nosso IVA encarece!
Diria que esta realidade até nem seria trágica se viesse a ser a saída da míngua a que o Povo Português vai sendo votado, mas sabemos que o não é nem será. Quanto muito, será um chorudo amealhar de capitais para meia dúzia de judas portugueses "espertalhões" que de tudo isto beneficiam com o bolo da traição.
Delirante a perspectiva a que acabei de tentar dar expressão? Será.....mas não mais que a aventada por um dos, no início do texto, aludidos intelectuais, o Nobel Saramago!
Alguma atenção e o futuro próximo se encarregarão de aclarar este meu ponto de vista. E, espero bem, ter lido mal os sinais!...