Sô Scolari:
Não me considero peça do pote que promove treinadores e atletas de bestiais a bestas, anjo ou diabo que eleve heróis ao Éden do desporto, tal como, do mesmo modo e celeridade, os queima na pira de Belzebu.
Nem, tão pouco, o vou questionar pelas opções polémicas na formação do grupo que defrontou a Sérvia. Por mais evidente que seja a discutível inclusão de Deco no plantel, numa fase em que, manifestamente, este valoroso jogador passa por mau momento de forma; talvez dos piores que já lhe vimos.
A mensagem que lhe trago, em bandeja triste a acabrunhada, é a de que o Mister tem por missão seleccionar e treinar os atletas que representam o nosso País, com e sem bola. E se, ontem, estes o desmereceram em campo com a redondinha, foi o senhor quem o não respeitou fora das quatro linhas, sem ela!
Nada, nem o seu, provavelmente, justo azedume com o Merk do apito, lhe desculpará o agressivo gesto de que foi, para mau exemplo dos seus jogadores e vergonha de todos nós, protagonista, no final do encontro.
Nós, que ainda, com tristeza, recordamos Saltilho, nos lembramos do balneário destruído, do cartão surripiado ao árbitro, e vamos perdoando, pela atenuante juventude dos nossos atletas, bem dispensamos irracionais atitudes e o péssimo exemplo dum Mister de quem, pela sua maturidade e pergaminhos de campeão do Mundo, era suposto e legítimo esperar outro comportamento.
Deixe-nos com o amargo de boca dum resultado que bem poderia ser melhor, mas poupe-nos à vergonha de "insurras" com mau perder!....