domingo, 23 de novembro de 2008

Passado quase meio século...




... na calmaria duma tarde de Domingo, voltei ao baú das memórias. É como abrir o alçapão duma arca de recordações. Boas, más, assim-assim... que são mesmo isso os pedaços da vida.
Não sendo treze, não há "Fátima", ainda não sendo noite, não há "Fado". Domingo à tarde....só resta mesmo o Futebol.
Ainda acabrunhados, corridos dos Brasis com seis caipirinhas, à espera que o meu Benfica ganhe em Coimbra, depois dos leões terem devorado uma lampreia na foz do Mondego, nada melhor que evocar aqueles tempos remotos de meados dos anos sessenta em que o futebol era um desporto de emoções e de poucos cifrões. Tempos do verdadeiro amor à camisola e à terra que se representava, naquelas disputas regionais.
No velhinho Campo das Chãs, ali às Beijocas, em Vouzela, tinham marca na agenda semanal aquelas peladinhas, onde os joelhos sangravam na areia e nos valia sempre o São Anibal, com a sua tintura e mercurocromo.
Quando não jogavam os Vouzelenses, jogavam os Académicos , uma rapaziada jovem que frequentava o Colégio de São Frei Gil, tudo malta fixe e entusiasmada (menos eu....que era levado da breca (rsrsrsrsr...) e que, como outros, servia as duas senhoras, a equipa de Vouzela e a do Colégio, quando os jogos não coincidiam no mesmo horário).
Lá estavam, no tal baú os registos a preto e branco dos tais dinossauros que jogavam por amor à camisola....e ao desporto e ninguém esperava os milhões que, Hoje, levam ao vedetismo e, quantas vezes, ao abismo.