Descansai, Professor Bambo e Adivinha Maya. Não terão em mim sombra de concorrência.
Pensei, e escrevi por aqui, - e vou puxar acima -, que, após as eleições naquele Arquipélago, seria resolvido, sem sequelas, o diferendo PR/AR, a propósito do Estatuto da Região Autónoma dos Açores. Falharam, em termos de resultado final, as minhas previsões. Como dizem os "expert" do desporto, no Futebol "prognósticos só no fim do jogo". E, se o Futebol não tem vingado nem se recomenda pela ética e verdade, e nos seus meandros de bastidores tem campeado a corrupção, o clientelismo e compadrio, é bem verdade que vamos tendo a percepção de que a Politica se não tem movido por águas mais límpidas. As previsões, assim, falham, por mais que nos surpreendamos. E falham mesmo aquelas que se apoiaram nas opiniões e análises dos mais consagrados constitucionalistas e juristas de renome. Não me preocupando com a falácia na substância da minha previsão, por não ter acertado num desfecho justo e recomendável para a estabilidade democrática, arrisco, com preocupação bem mais séria, no palpite dos desideratos que levam esta maioria socialista a afrontar, tão deliberadamente, o Presidente da República. - Procurou o PS a vitimização - que, por regra e de que temos exemplos, comporta bons dividendos eleitorais -, desafiando o PR a dissolver a Assembleia? - Ou, pior dos cenários, estará o partido da rosa no clímax da arrogância e da ambição, numa cavalgada, a qualquer preço, desafiando tudo e todos, para a restauração do partido único, de má memória? Não nos esqueçamos que, em tempos de crise prolongada, e a que vivemos já é bem anterior à mundial, aparece sempre um Salvador!
Lembram-se?
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