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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A VERDADE acima de tudo...













.... foi pelo que eu já por aqui clamei!
(e puxo acima) Os responsáveis políticos têm esse dever para com os seus concidadãos. Fica-lhes mal, desacredita-os junto da opinião pública e de quem os elegeu, venderem-nos ilusões baratas, com um saco de nada às costas e sem um pingo de vergonha nos narizes de Pinóquio! Vem este intróito a propósito do discurso de Ano Novo do Presidente da República. Não vou esmiuçar as mensagens que o PR quis transmitir, não vou perder tempo com o dissecar das questões de fundo. Esse trabalho já está em exaustiva marcha por parte das televisões, na voz dos comentaristas de serviço. Dois pontos fulcrais apenas: Quando ele disse que "os agricultores sentem-se penalizados face a outros agricultores europeus por não beneficiarem da totalidade dos apoios disponibilizados pela União europeia", apontava para a miserável prestação do ministro que tutela a agricultura. De desastre em desastre, o tractor governamental que tem por missão fomentar e apoiar os nossos agricultores, emperrou e despistou-se. Ouçam-se as organizações do sector, para melhor se saber de como projectos de investimento não foram subsidiados pelos fundos europeus, só porque a máquina estatal não soube apresentá-los no tempo certo. Isto é incúria, imperdoável incompetência que, num país com vergonha, custaria o cargo ao responsável pelo sector! O outro ponto, abrangente de quase todo o discurso presidencial, foi a necessidade de haver coragem de se falar verdade aos portugueses, ao invés de se lhes venderem ilusões e falsos futuros que, acrescento eu, os entorpeça e cegue, para que sigam, cantando e rindo, como zombies, a caminho das urnas eleitorais que se avizinham. Goste-se ou não de Cavaco, alinhe-se ou não no seu estilo e comungue-se ou não da sua ideologia, qualquer cidadão digno deste nome, saberá reconhecer que são sempre válidas as palavras dos poucos políticos que ainda têm, neste país de corruptos e aldrabões, numa sociedade de podridão latente, vergonha, dignidade e uma imagem impoluta e honesta. São estes políticos em que ainda vale a pena acreditarmos, porque nos falam verdade e nos dão exemplos cívicos. E neste saco, que muitos dirão de gatos, mas que é saco limpo, cabem nomes como Cavaco, Manuel Alegre, Cravinho.....e.... mais alguns, poucos.
Vale quem nos fala verdade e não faz dos portugueses uma cáfila de sorridentes imbecis!



Falar VERDADE


O 25 de Abril é data imutável e estática no calendário. O que não é imutável é o que essa data representa enquanto efeméride do primeiro passo para a democracia. Vão-se esfumando e desgastando no tempo os assomos triunfalistas, a optimista esperança depositada no aroma dos cravos, tapetes coloridos da marcha revolucionária dos tanques de 1974.

Igualdade, fraternidade, progresso económico e social e todas essa pétalas policromáticas que embelezaram todos esses desígnios prometidos vão murchando, à medida que a classe política que vamos tendo imola a própria Política que lhes deu guarida e modo de vida.

E não são só os jovens que se desinteressam.

Desinteressa-se todo um Povo a quem não se fala VERDADE.

Desencanta-se todo um Povo que, com repulsa, assiste ao rasgar de compromissos assumidos perante ele jurados, enquanto pasto de eleitoralismo partidário.

Mais do que debitar os factos históricos para que se conheçam os fundamentos da democracia, cumpre, primeiro, que os políticos aprendam a falar VERDADE e a respeitarem os compromissos assumidos.

Só assim os jovens, os menos jovens, todo um Povo, poderá ter esperança de ver floridos os cravos que Abril desabrochou!

Das ilusões, a que o Presidente da República aludiu, já conhecemos quem as vende, ao desbarato, uma das condenáveis formas de faltar á tal VERDADE. Já por aqui escrevi:

Alice no País das Maravilhas...

Nós não vivemos num país em que:- os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres;- os políticos produzem legislação que os proteja dos seus desmandos e dos seus apaniguados;- se protegem e apoiam os Bancos, as Sociedades Financeiras, as empresas especulativas, enquanto definham as pequenas e médias empresas produtivas;- se pagam indemnizações, salários e reformas de luxo a gestores públicos, não poucas vezes acabados de largarem as cadeiras do Poder, enquanto se corta nas míseras pensões de quem trabalhou e produziu toda uma vida;- se degrada a Educação, a Saúde, a Justiça, a Segurança, enquanto se afrontam os professores, se aviltam os funcionários públicos, se desautorizam as policias e as magistraturas e se encerram as estruturas de suporte àquelas áreas;- se procura o equilíbrio financeiro à custa dos sacrifícios dos mais fracos.- se.................................................................................................................................................

Nós vivemos naquele País a que a Alice nos transportou numa nuvem cor-de-rosa, no mesmo dia em que numa qualquer Patagónia os habitantes se alagavam nas sarjetas entupidas de incompetência, se afogavam nas margens de rios atulhados de incúria.Vivemos no País das Maravilhas. O da Alice!