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terça-feira, 24 de março de 2009

Segurança

Decorreu na FIL, de 18 a 21 de Março, a Segurex2009.
Entre expositores civis que se dedicam ao comércio de produtos de higiene e segurança, em todos os seus vectores, as Forças Armadas e de Segurança fizeram-se, também, representar com mostras do seus meios materiais e recursos.
Saudemos o facto. Passe tratar-se duma, legítima, operação de "charme", é de louvar que as forças que têm por missão a segurança de pessoas e bens dêem a conhecer aos cidadãos a quem lhes incumbe servir, os meios postos à sua disposição para esse desiderato.
Vimos por lá sofisticados aparelhos, o que denota algum empenho por parte do Estado em dotar, especialmente no que concerne às Forças de Segurança, as diversas unidades com os meios materiais conducentes a um melhor desempenho das suas missões.
Mas não chega.
Outras vertentes, provavelmente, mais necessárias e urgentes centram-se num maior esforço, que parece não ter sido feito ainda, por parte dos altos responsáveis deste País, no sentido de mobilizar os meios humanos daquelas forças.
Faltam-lhes estímulos e as contrapartidas para quem se dispõe a servir, até ao limite da própria vida. Urge que o Estado, ao invés de os hostilizar, cerceando-lhe direitos, lhes reconheça e valorize os sacrifícios que lhes são exigidos, com salários justos e adequados às suas funções, mas, também, com instalações que lhes dignifiquem as fardas que envergam.
E falta-lhes o primordial: uma legislação que dê resposta à insegurança galopante que a população vai sentindo e sofrendo. Uma legislação que seja humanista e que reconheça os direitos dos criminosos, mas em que nunca, em tempo algum, por mais alienado que seja o legislador, se descurem, ou a estes se sobreponham, os supremos direitos das vítimas.
Só assim, poderemos viver em liberdade num Estado que se proclama democrático e de Direito!
E, porque está num plano análogo, acrescento que os milhões despendidos por todos nós no Parlamento, que no dizer do próprio Presidente da AR, é o mais bem equipado da Europa (ou do Mundo), o foram em meios materiais.
E o que ganhamos nós, cidadãos, com essas dispendiosas melhorias de trabalho se os deputados continuam os mesmos, na mesma modorrice, na mesma incapacidade de redigirem leis necessárias, claras e exequíveis, no mesmo dispêndio de tempo com "malhações" raivosas sem qualquer sumo de utilidade cívica?