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segunda-feira, 2 de março de 2009

O Apagão foi à "missa"...


...em que não comungaram Alegre e Cravinho, e em que todos os demais, com excepção de um anónimo, ajoelharam aos pés do incontestável Pastor, na que, alguém já disse, foi a missa de entronização do amado líder.
O evangelho leu-o Sócrates, do alto do seu púlpito, logo ao abrir do Congresso de Espinho, acenando com o tema da "Campanha Negra" e dos "ataques pessoais" de que se diz vítima.
Lançado o mote, estando maduro o trigo da seara eleitoral, os fervorosos servos que foram desfilando pelo palanque, continuaram na malhação.
Malharam nos jornais, malharam nas televisões, malharam na Direita, malharam na Esquerda, perante o júbilo do Santos dono do mangual que se viu guindado a lugar cimeiro do sacro-império da rosa.
E foi sempre a malhar, mesmo quando "forças ocultas", atacaram a solenidade dos devotos com um apagão que escureceu com mais breu a "campanha Negra" que os sinos não se cansaram de badalar...e repicar.
O grande líder sorria e confiava naquele rebanho que se mostrava rendido ao pastor absoluto que acabava de lhes servir o pasto da vitimização.
Estava escolhido o estandarte das hostes do império sacro-luso da rosa nas batalhas eleitorais que se avizinham, como, de há meses, se vinha pressentindo. A vitimização!
O País Real, esse, enquanto se decidiam das borras do Lino, do galo que gala o galo, da elegia poética aos lindos olhos da Edite, das juras de fidelidade eterna dos que já eram socráticos antes de Sócrates, vai desesperando por algo sério, para além da retórica propagandista e de falaciosas promessas, aguardando, impaciente, pelos próximos episódios da telenovela (ou tragédia?) nacional, acabado que está o solene Intervalo Publicitário de Espinho!