... tem ou não a incumbência e dever, consignados na Lei, de regular, corrigir, fiscalizar e punir actos anómalos ou ilegais por parte das entidades bancárias que operam no nosso País?
Se sim, qual a sua acção relativamente aos propalados desmandos, quer do Millennium quer os, ora vindos a público, no BPN, irregularidades que já não seriam fruto de práticas recentes?
Seria estultícia da minha parte pronunciar-me a propósito do mérito ou falta dele, na decisão do Governo de nacionalizar este último Banco. Primeiro, porque não me chegam os escassos conhecimentos que tenho da actividade bancária e das balizas legais entre as quais jogam com o capital. Segundo, porque, a exemplo de outras realidades nacionais, algumas de delicados contornos, o poder executivo é parco em esclarecimentos públicos e, ao que se ouve, na informação que é devida às outras forças partidárias com representatividade .
Limitações pessoais e desconhecimento que me não inibem de, sem que a tal seja impelido por qualquer simpatia ou interesse pessoal, estranhar a forma célere com algumas habituais correias de transmissão vieram denegrir a acção do administrador do BPN Miguel Cadilhe, sabendo, quem esteve atento, que , logo após a sua tomada de posse, em 2007, veio ele próprio denunciar as irregularidades financeiras que vinham sendo praticadas no seio daquela instituição.
O cata-vento partidário é espantoso, na forma expedita e leviana de alijar noutrem os erros e as falhas de quem tem por obrigação fazer evitá-los ou puni-los.
Por onde e como tem andado o Banco de Portugal?