Mudei-me para:

sábado, 29 de novembro de 2008

Humor com gelo!


Do http://foreverpemba.blogspot.com/ do meu amigo Jaime Gabão.
Por mim, legendaria assim:
Um português da classe média, na era pinto de sousa, operando no "Magalhães"...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Os mineiros de Aljustrel....

....ou de como se fazem promessas que, à partida, não há certeza de serem cumpridas.
Para desolação e vil tristeza de quem sempre ganhou o pão, esburacando nos túneis das minas .....e nos socalcos da vida.
A pensar naquela vila e nas suas Gentes, com quem tive o prazer de privar durante um ano, fica um postal ilustrado daquela terra alentejana:



terça-feira, 25 de novembro de 2008

Há sinceridade nisso? Não há..não há....


Um dia destes, penso que no passado Domingo, inserido no programa "ecoeuropa", um dos canais televisivos de notícias, abordava o tema da defesa do meio ambiente na Eslovénia. Entre reportagens e entrevistas aos activos defensores dos ursos e outros animais em vias de extinção naquele país, bem como dos rios e outras mais valias da Natureza, surge no ecrã uma das ecologistas trajando um sumptuosos casaco de peles (ou imitação muito perfeita), enquanto debitava apelos para a necessidade da preservação da fauna e da flora locais.

Ridículo o exemplo, para tão séria causa!

À minha mente, que, a momentos se perde com laivos de despudor, ocorreu logo - e que Deus me perdoe -, aqueles sofríveis exemplos dos párocos, alguns, que nas vilas e aldeias deste santo torrão luso, lá do alto do púlpito clamavam para os seus fiéis ouvintes da missa matinal, da nobreza da castidade, da pureza da fidelidade, para, lá mais para o fim da tarde, irem espichar nas pipinhas dos servos da Igreja do lugar da pregação, ou melhor, darem uma dentadinha na maçã do sacristão.

Bem o tal dizia:

Escuta o que eu te digo, não olhes para o que eu faço!

domingo, 23 de novembro de 2008

As estações floridas...


... cativavam, nos idos anos sessenta, a atenção do pessoal que tinha por função manter os velhos e ruidosos vouguinhas nos carris, desde a Sernada até Viseu.

Por mais que uma vez, foram as de Lafões contempladas com prémios honrosos com que a CP procurava incentivar os seus servidores no embelezar das gares que geriam.

E mais uma foto, de meio século, saída do pó do baú, evocou-me o ano em que a Estação de Vouzela obteve um florido galardão máximo.

Entre duas apitadelas de comboios, que iam dobrando a curva do Vale Escuro, o pessoal da estação, após mais um copo apressado no escondidinho, nas traseiras da taberna, onde está hoje implantado "O Meu Menino", preenchia os tempos mortos com o tratamento dos canteiros do jardim da estação.

Recordo o entusiasmo do Chefe João Henriques Cardoso, já no descanso eterno, que mobilizava todo o pessoal de serviço, e não só, para as tarefas de guindar a sua "menina", a que se dedicava de corpo e alma, ao altar das mais belas da Linha do Vouga. É dele e do seu grupo, a velhinha foto que encabeça esta incursão ao passado.

Tempos idos, realidade que o Progresso venceu, sem que o possamos recordar com saudosismo, evocamo-lo como imagem sempre presente na memória dos lafonenses mais vividos, que se habituaram aos silvos alegres, por entre acácias e giestas, daqueles comboios fumegantes que se guindavam, serpenteando o Vouga, do Mar azul até à Serra verdejante!

Passado quase meio século...




... na calmaria duma tarde de Domingo, voltei ao baú das memórias. É como abrir o alçapão duma arca de recordações. Boas, más, assim-assim... que são mesmo isso os pedaços da vida.
Não sendo treze, não há "Fátima", ainda não sendo noite, não há "Fado". Domingo à tarde....só resta mesmo o Futebol.
Ainda acabrunhados, corridos dos Brasis com seis caipirinhas, à espera que o meu Benfica ganhe em Coimbra, depois dos leões terem devorado uma lampreia na foz do Mondego, nada melhor que evocar aqueles tempos remotos de meados dos anos sessenta em que o futebol era um desporto de emoções e de poucos cifrões. Tempos do verdadeiro amor à camisola e à terra que se representava, naquelas disputas regionais.
No velhinho Campo das Chãs, ali às Beijocas, em Vouzela, tinham marca na agenda semanal aquelas peladinhas, onde os joelhos sangravam na areia e nos valia sempre o São Anibal, com a sua tintura e mercurocromo.
Quando não jogavam os Vouzelenses, jogavam os Académicos , uma rapaziada jovem que frequentava o Colégio de São Frei Gil, tudo malta fixe e entusiasmada (menos eu....que era levado da breca (rsrsrsrsr...) e que, como outros, servia as duas senhoras, a equipa de Vouzela e a do Colégio, quando os jogos não coincidiam no mesmo horário).
Lá estavam, no tal baú os registos a preto e branco dos tais dinossauros que jogavam por amor à camisola....e ao desporto e ninguém esperava os milhões que, Hoje, levam ao vedetismo e, quantas vezes, ao abismo.

sábado, 22 de novembro de 2008

Comissões de Inquérito

Dias Loureiro, na sua qualidade de Conselheiro de Estado, solicitou ser recebido na AR para se submeter a uma audição a propósito do caso BPN.

Enquanto alguns partidos com assento parlamentar tentaram viabilizar esse seu desiderato, a maioria socialista inviabilizou-o, alegando que a sua presença naquele órgão institucional seria considerada uma ingerência nos assuntos da Justiça.

O que, registo-o, até foi uma posição assertiva, considerando a justificação utilizada.

Espanta-me - ou nem tanto -, é a mesma bancada socialista no Hemiciclo a exigir a comparência do Procurador-Geral da República, precisamente para dar explicações sobre o mesmo caso escaldante, sabendo todos que, assim que o homem abrir a boca para falar do BPN, estará, ainda que sem intenção, a revelar pormenores da investigação. De contrário, só entrando mudo e sair calado!

E surgem as interrogações acerca dos motivos que levam o partido no poder a usar de dois pesos e duas medidas, mais depressa do que um macaco demora a coçar o rabo!

Incoerência? Uma agenda muito própria da bancada PS?

Só eles poderão responder.

A nós, o direito de desconfiar, mais uma vez, da bondade das decisões destes senhores absolutos do Parlamento.

Ainda relacionado com o caso BPN, admitindo, até, que o hajam feito com louváveis propósitos, veio o CDS propor a instauração dum inquérito parlamentar a este escândalo financeiro.

E o meu espanto, desta feita, não é tanto por qualquer incoerência. Apoia-se na convicção, que se foi sedimentando ao longo de muitos anos, de que os resultados palpáveis das comissões de inquérito, e foram muitas, empreendidas pela AR, na sua esmagadora maioria, mais não foram que pinhões chochos. Inócuas, logo inúteis.

Não esquecemos, ainda, "o Caso Sá Carneiro". Comissões sobre Comissões, centenas de audições, e tudo se foi arrastando, penosamente, ao longo dos anos sem que os eleitos tenham apresentado junto do povo que representam algum resultado concreto.

Já lá vai mais de um quarto de século desde o funesto acidente/crime e, a par da mortalha que cobriu aquele estadista e seus companheiros de infortúnio, um nebuloso manto de dúvidas e legítimas desconfianças continua a camuflar toda a verdade dos factos.

Sendo assim, a instituição Assembleia, mais não deve que deixar a instituição Justiça desenvolver, sem empecilhos inúteis ou ingerências embaraçosas, o seu trabalho de investigação e , sempre que for caso disso, de punição dos criminosos comprovados.

Compete à primeira, isso sim, prestigiar a Magistratura e, sobretudo, aprovar leis exequíveis, para que esta possa servir-se das ferramentas adequadas e não de diplomas absurdos e contraditórios que façam da legislação portuguesa uma autêntica floresta de enganos.

No caso BPN e em todos os que vierem a ser despoletados, muito especialmente nos de colarinho branco, que sejam os órgãos competentes, sem dúbias intromissões, a investigar a verdade dos factos, se por mais não for, para que não surjam as tão badaladas teorias da conspiração.

Ou melhor, e como bem diz o Povo:

Cada macaco no seu galho!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Cada cavadela...


...cada minhoca!
Decididamente, MFL, actual líder do maior partido da oposição, não é política! Pode ser uma excelente tecnocrata, uma mulher decidida e amiga da verdade, sem sofismas e sem a hipocrisia que grassa e galopa por aí, mas faltam-lhe aquelas e outras "matreirices" para que se afirme como animal político.
E não é por isso - muito pelo contrário -, que não votaria nela, enquanto candidata à chefia do governo. A concepção pessoal que tenho da senhora, pelos desempenhos de que já foi protagonista noutros elencos governativos, é que com ela à cabeça dum futuro próximo executivo, sobretudo na vertente social, teríamos mais do mesmo.
Mas é do aproveitamento, que, pessoalmente, considero de política baixa, para não ir mais longe na adjectivação, feito, em passo de corrida, sem prévio aquecimento, por sectores do partido do poder e do seu próprio, para além de comentaristas afins, a propósito da sua frase
"Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se. E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses em Democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a Democracia", que vou tentar reflectir.
Ouvi. E, reconhecendo a minha falta de traquejo nestas manigâncias do maquiavelismo político, a anos luz de muitos iluminados que julgam de tudo saber, entendi, como muitos, de boa fé, entenderam, que o que MFL procurou transmitir foi de que o actual governo usou de estratagemas nada democráticos para impor as reformas aos médicos, juízes, professores..., função pública no seu todo.
E não teria sido só ela a qualificar o método de pouco democrático, se a intenção do executivo foi de, previamente, fragilizar aqueles corpos profissionais, com alto estatuto em qualquer Estado de Direito, junto da Opinião Pública, para depois, sem grandes contestações de massas, lhes impôr as suas medidas reformistas, provavelmente, muitas delas lesivas dos seus direitos legalmente adquiridos.
Nesse contexto, MFL, estabeleceu, naquela frase, tão insistentemente explorada, a imagem de que é de duvidosa democracia esta estratégia do actual governo.
E, convenhamos, não tem sido só ela a brandir o verbo contra os atropelos e debilidade democrática desta maioria absoluta, quiçá, ela sim, transpirando arrogância e estilo autoritário.
Mais, o aproveitamento político daquela frase irónica, politicamente evitável para uma candidata, serviu, como já vem sendo hábito, para desviar as atenções do conteúdo substantivo das denúncias constantes da entrevista de Manuela Ferreira Leite.
Aliás, na senda do que, em 11/11, por aqui escrevi:
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Os tiques e os truques são já demasiados por parte do espectro do partido do governo, para que não ressaltem à vista e entendimento dos mais incautos. O desfocar da substância das discussões importantes está a ser táctica igualmente já indisfarçável, tantas vezes tentam mudar as agulhas sempre que sentem o comboio perto da estação certa, valorizando banalidades em desfavor dos assuntos de relevo para a vida nacional, sempre que estes vêm à liça pela voz da oposição......................................................................................................................


Bem queria ter exagerado na apreciação!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O pôr do Sol na Baía de PEMBA

Sendo a terceira maior baía do mundo, para mim é a mais bela.

Quem lá viveu nunca esquece. Ficou com as cores daquele sol e os brilhos cálidos do entardecer marcados no código genético. E, na alma, com a sensibilidade e a energia daquela dádiva rara da mãe Natureza!

Pemba, no norte de Moçambique, é, nas minhas melhores memórias, sempre celebrada!


terça-feira, 18 de novembro de 2008

As toupeiras


"Máquina eleitoral e uma máquina de poder, que deixou de ter vida própria e autónoma"


São as palavras de Manuel Alegre, ao classificar o partido político de que é militante.

"Máquina eleitoral" e "máquina de poder" duas condições que, na acção, podem trazer alguma credibilidade ao que se vai dizendo de boca em boca e em desabafos nos blogs que pululam na net, de que o PS, para além dos apaniguados de sempre e outros oportunistas e militantes convictos, tem avençados, por si ou por interpostas agências, comentaristas profissionais, controlados por assessores de comunicação, que desenvolvem um autêntico trabalho de toupeiras da Informação.

Diz-se que essas toupeiras, para lá de outros serviços junto dos órgãos de comunicação social, têm por missão trabalhos de sapa no espaço virtual, onde serão olheiros atentos e interventores residentes, procurando, sistematicamente, desmontar peças de opinião que sejam perversas ao governo ou incómodas para as forças do Largo do Rato.

Não tenho meios para comprovar a existência de tais toupeiras mercenárias, mas a existirem, esse fenómeno de comentadores profissionais que, sem ideologia própria ou militante, se colocam ao serviço de "marketing" partidários, evocou-me o que se passava nos já longínquos anos do PREC.

Esses, sim, episódios que comprovei e vivi.

Decorria o atribulado ano de 1975. Os partidos políticos despontavam como cogumelos, as paredes, os prédios de Lisboa, iam ficando atapetados de slogans e mensagens políticas, de tal forma que nem as paredes interiores da Assembleia Constituinte escapava ao furor da propaganda partidária.

Numa tarde primaveril, ali ao Largo do Calvário, no edifício da Promotora, um grupo de quatro jovens, armados de balde e braçadas de papéis, colavam cartazes, na falta de mais espaço livre, por cima dos já existentes.

Curioso, por não haver deslindado, ao primeiro olhar, qual o novo partido em promoção nos lençóis publicitários que os rapazes iam abrindo, interroguei-os acerca do projecto social defendido para o país por aquela força política.

A resposta veio célere e em uníssono:

- Sabemos lá nós! O que nos interessa é que eles nos paguem no fim do trabalho!

Tal como as bruxas, nunca vi toupeiras, mas que as há, há!

sábado, 15 de novembro de 2008

Canal de Moçambique



Do ForeverPemba, com a devida vénia, a que apenas acrescento um breve comentário:

- Aspecto negativo: crimes são sempre crimes, sejam cometidos em nome de Deus ou do Diabo, sejam no Darfur, em Lisboa, na Califórnia ou em Moçambique. Há que denunciá-los e combate-los, aqui, lá.....em todo o lado.

- Aspecto positivo: o facto de ser já possível, em Moçambique, debater-se este e outros assuntos e procurar-se justiça, é um sinal de que se caminha para a normalidade e alguma democracia.....e que a verdade é como o azeite: pode demorar, mas acaba por vir acima!


A notícia:


Crimes da Frelimo em discussão na Comissão Africana de Direitos Humanos e dos Povos!
Nov 13, '08 7:04 PMfor everyone
Execuções sumárias da Frelimo chegam a fórum africano.
Queixa contra o Estado moçambicano implica Armando Guebuza.
A participação foi remetida ao Secretariado da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, pela advogada da família Zitha, a Professora Dra. Liesbeth Zegveld, em nome de José Eugêncio Zitha, e do filho deste, o professor universitário, Paceli Zitha, soube-se em Abuja onde decorre a 44.ª Sessão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos.

Maputo (Canal de Moçambique), 12 de Novembro de 2008 - Foi oficialmente aberta segunda-feira última na capital nigeriana, Abuja, a 44ª Sessão Ordinária da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos. Este organismo da União Africana vai discutir, entre outros pontos, uma queixa apresentada contra o Estado moçambicano em nome de José Eugêncio Zitha, e do filho deste, o professor universitário, Paceli Zitha. A queixa foi remetida ao Secretariado da referida Comissão pela advogada da família Zitha, a Professora Dra. Liesbeth Zegveld.

De acordo com a queixa a ser analisada pelos juristas da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, no dia 26 de Outubro de 1974, o então ministro da Administração Interna do Governo de Transição de Moçambique, que funcionou até à proclamação da Independência, e actual presidente da República, Armando Emílio Guebuza, intimou o cidadão José Eugêncio Zitha a participar numa reunião de Grupos Dinamizadores. Ao entrar no recinto onde decorria a reunião, para onde havia sido encaminhado numa viatura militar na companhia de soldados fortemente armados, o cidadão José Eugêncio Zitha foi humilhado e acusado de traição.

Lê-se ainda na queixa que foi “o Sr. Guebuza quem ordenou a detenção” de José Eugêncio Zitha, sem contudo lhe terem sido dadas as razões, nem tão pouco os familiares sido informados ou notificados do caso. Acrescenta a queixa que o cidadão José Eugêncio Zitha deixou repentinamente a Cadeia Judiciária em Maputo sem conhecimento dos familiares. Estes viriam apenas a tomar conhecimento de que o cidadão José Eugêncio Zitha se encontrava sob prisão no Centro de Preparação Político-Militar de Nachingwea, na Tanzânia, através da leitura de um artigo inserido no jornal Tanzania Daily News publicado em Dar es Salam.

O artigo, publicado na edição de 23 de Abril de 1975, dizia que o cidadão José Eugêncio Zitha havia sido apresentado publicamente no decurso dos julgamentos sumários presididos por Samora Machel e em que desempenhou papel de relevo o coronel na reserva, Sérgio Vieira.

Desde essa data, adianta a queixa apresentada à Comissão da União Africana, os familiares de José Eugêncio Zitha não mais tiveram notícias suas.

Na queixa, a advogada Liesbeth Zegveld afirma que os queixosos, nomeadamente José Eugêncio Zitha, e o filho deste, Professor Paceli Zitha, viram violados os seus direitos consagradas nos Artigos 2, 4 5, 6 e 7 da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos.
O Artigo 2 refere que “todos os indivíduos deverão ter direito ao usufruto dos direitos e liberdades reconhecidos e garantidos” nessa mesma Carta. O Artigo 4 trata da “inviolabilidade dos seres humanos” e do “direitos dos mesmos à vida e à integridade da sua pessoa”, e no artigo seguinte vem explícito que “todos os indivíduos terão direito ao respeito pela dignidade inerente aos seres humanos e ao reconhecimento do seu estatuto legal”.

O Artigo 7 citado pela advogada dos cidadãos José Eugêncio Zitha e do Professor Paceli Zitha refere em particular “o direito a julgamento dentro de um prazo razoável por um tribunal imparcial.”

Nos julgamentos sumários de Nachingwea compareceram várias centenas de cidadãos moçambicanos presos arbitrariamente ou até mesmo raptados em países estrangeiros, como foram os casos do Reverendo Uria Simango, da Dra. Joana Simeão, de Paulo Gumane, Adelino Gwambe, entre outros. Nenhum deles teve direito a defesa legalmente constituída.

O travesti de justiça encenado pelo coronel na reserva, Sergio Vieira na base militar de Nachingwea, culminaria na execução sumária de muitas das vítimas do processo extrajudicial que em Moçambique assinalaria a inauguração da era da chamada “justiça popular”. (Redacção)

Alguns post's que referem crimes ainda impunes praticados pela Frelimo e seus "heróis de barro". A ficha criminal é extensa:
Moçambique 1980: Operação Produção - Aqui!
Campos de reeducação: O silêncio cúmplice da Cavaco e Silva - Aqui!
As chicotadas que dividiram e aterrorizaram Moçambique - Aqui!
Banco de dados - A. Guebuza: de marxista a empresário - Aqui!
- Do ForEver PEMBA: http://foreverpemba.blogspot.com/
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A frase da semana

"... Cambada de ingénuos..se o Sócrates disser que os cavalos voam, amanhã de manhã, muitos olham para o céu…"
Anónimo

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Força para um amigo!

Os votos não ajudam, desejar força à distância não dá alento; as palavras, por mais sentidas que sejam, não substituem os remédios nem são cura, mas não posso deixar de expressar a minha solidariedade para com um bom amigo que se encontra enfermo. Um amigo que trilhou, como eu, caminhos de perigo, noutros tempos, noutros continentes.
Coragem, amigo!

Tiques e truques na cartilha


Quem não teve oportunidade de assistir e tiver pachorra, pode ver e ouvir o que se passou ontem no "Prós e Contras" da RTP1:
http://ww1.rtp.pt/icmblogs/rtp/pros-contras/index.php
E, no fim, despido de qualquer ideologia , ter a coragem de, mesmo não sendo psicólogo atento, dizer-me que não viu nem ouviu:

- a moderação (tendenciosa?) de Fátima Campos Ferreira, lesta a interromper os demais interlocutores e deixando explanar, ad eternum, os pontos de vista de Jorge Lacão, a quem não faltaram os velhos tiques dos socialistas, de "palavreado" fácil e arrogância q.b. e, ainda a entrevistadora, matraqueando com inusitada insistência o slogan "Banco laranja", que, para além da tosse, lançava, mesmo fora do contexto da discussão;

- a agressividade com que Jorge Lacão defendia a sua dama de S. Bento e o conde do B.P., não permitindo que Bernardino Soares ou Mota Pinto o interrompessem ou questionassem enquanto descompactava o download da cartilha PS e, não raras vezes, a exemplo da moderadora, interrompendo aqueles representantes partidários, mal estes iniciavam a exposição dos seus argumentos.
Hilariante, o máximo espoente da noite em demagogia politica, foi a descoberta por parte do representante do PS de que a descida da taxa "Euribor"se deve à forma como este governo enfrentou a crise financeira e o caso BPN. Mais do que hilariante, considero este dislate uma verdadeira ofensa aos portugueses, mesmo aos que, como eu, nunca leram um tratado de Economia. Como se o burro da Euribor descesse a serra puxado pelas orelhas por qualquer homem das Finaças deste governo!!!!
Os tiques e os truques são já demasiados por parte do espectro do partido do governo, para que não ressaltem à vista e entendimento dos mais incautos. O desfocar da substância das discussões importantes está a ser táctica igualmente já indisfarçável, tantas vezes tentam mudar as agulhas sempre que sentem o comboio perto da estação certa, valorizando banalidades em desfavor dos assuntos de relevo para a vida nacional, sempre que estes vêm à liça pela voz da oposição.

Mas, faça-se justiça, a máquina socialista está bem oleada. A engrenagem do Governo à Assembleia, passando por toda uma legião externa de apoio e propaganda, composta por lambe botas, oportunistas e arrivistas arrebanhados, está a funcionar em pleno: aprenderam bem a lição do mestre e lêem todos pela mesma cartilha.

E, desenganem-se, não estive a escrever sobre a Madeira!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ainda o Ensino em Lafões


"ESCOLAS DE LAFÕES LONGE DOS LUGARES DE DESTAQUE"


Sob este título, o Notícias de Vouzela, um semanário regionalista que eu muito prezo desde os anos da juventude, publicou, pelo punho da sua apreciada repórter Salete Costa, um artigo em que, recorrendo a alguns dados concretos e a alguma argumentação pessoal, defrauda, no essencial, o que por aqui escrevi a propósito da avaliação escolar nos estabelecimentos de ensino da Região de Lafões.
Partindo da premissa que o valor semântico que a colunista atribui a "destaque" aponta para os lugares do topo no ranking nacional, nada mais nos resta do que reconhecer que, nesse contexto, e de facto, nenhuma Escola de Lafões alcançou os lugares habituais da Vanessa Fernandes ou do Cristiano Ronaldo.
De toda a forma, se não se verificou o destaque pela positiva, não é menos verdade que nenhuma se destacou pela negativa.
Como convinha, na opinião que fui exprimindo neste blog, em que ressaltou a minha satisfação, não deixei de ter em conta os elementos condicionadores do aproveitamento escolar da região em que as escolas estão implantadas, com especial relevo para o que a autora sublinhou no seu texto: "A interioridade em contraste com a cidade, a selecção dos alunos face à heterogeneidade dos inscritos onde não há escolha possível, o acompanhamento em comparação com a falta de quase tudo..."
E considerando eu que nenhum dos três concelhos em apreço está imune aos factores de interioridade, passe o notório desenvolvimento já alcançado em determinados sectores, dispenso-me de mais análises para constatar o óbvio.
O óbvio que é, muito especialmente no que ao ensino da Escola Secundária de São Pedro do Sul, e sendo dispensáveis quaisquer comparações com anos anteriores, pois o que nos move é o Presente e o Futuro, o 162º lugar entre 610 estabelecimentos (fonte C.M.), o que, para além de não desmerecer, é uma honrosa fasquia alcançada no ranking geral.
Sendo assim, nada de substancial se alterou no meu propósito de felicitar o desempenho daquela Escola. Redobrando mesmo os parabéns, ao saber que e Estabelecimnto de Ensino, a nível dos resultados finais do 9º Ano, se guindou ao 5º lugar entre as 64 escolas do Distrito de Viseu, sendo a 3ª das melhores escolas públicas
Acresce, ainda, dar nota, e ter em conta, das condições em que o professorado do País é obrigado a trabalhar. A degradação do estatuto dos professores, o esvaziamento (programado ou não) da sua imagem e dignidade junto da opinião pública, por via das medidas governamentais, fruto da teimosia e arrogância da tutela, não são materiais apropriados para a moldagem dum quadro educacional propício a um Ensino interessado e dum clima de paz e confiança.
Sinais bem evidentes são uma perceptível intenção governamental de se libertar da responsabilidade da educação pública, imputando-a às Autarquias, sem que se conheçam bem as contrapartidas monetárias para que estas possam assumir tal encargo e, a outro nível, as dificuldades com que as Universidades estatais sobrevivem e que, sem verbas, anunciam uma agonia breve, enquanto o Governo parece ir lavando as mãos, donde só saem Magalhães.
Assim, só me resta saudar, mais uma vez, os professores, pais e alunos de Lafões, com a relevância merecida para a Escola Secundária de São Pedro do Sul e incentivá-los a prosseguirem com entusiasmo o seu labor em prol do homens do Amanhã.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Descontentamento nas F. A.


"Se os antigos combatentes, que foram obrigados a lutar em África convencidos de que o faziam em nome da Pátria, são tratados de forma tão humilhante, como viremos a ser encarados nós, combatentes de Hoje, que somos compelidos a lutar em pátrias e causas alheias"?
Por estas ou palavras similares desabafava um jovem militar, quando, numa roda de amigos, se discutia o indisfarçável mal-estar que vai grassando nas nossas Forças Armadas.
Mais do que nos vencimentos, no corte na saúde e noutras regalias e direitos adquiridos e noutras compensações pela condição militar, o meio castrense sente-se maltratado, achincalhado na sua secular dignidade.
E, sentindo-se defraudado nos seus interesses pessoais e perspectivas prometidas, não deixa de sentir-se magoado, também, pelo desapreço que o Estado, a Sociedade e os governos vêm demonstrando, ao longo de décadas, por toda uma geração que verteu sangue, suor e lágrimas e a quem o Poder mandou lutar por terras que, teimosamente, lhes ensinaram serem parte da Pátria.
E se sabemos que para lá dos obuses, dos canhões, das metralhadoras, os soldados têm alma e pensamento, bem pode o senhor Ministro da tutela vir asseverar que o ambiente vivido no seio das Forças Armadas é sereno e normal, dando por garantia as informações das Chefias que nós, espectadores interessados, cremos tanto nisso, como acreditámos quando, em 1974, Marcelo quis convencer o Povo de que o beija-mão que a "Brigada do Reumático" lhe proporcionou foi sinónimo de que tudo estava em Paz nas F.A.
Com uma única diferença: que ora se não seguirá nenhum Golpe revolucionário.
Golpes, agora, e em democracia, só mesmo os que vêm a ser dados nos anseios quer dos militares, quer nos de todos os cidadãos deste País!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O Banco de Portugal...


... tem ou não a incumbência e dever, consignados na Lei, de regular, corrigir, fiscalizar e punir actos anómalos ou ilegais por parte das entidades bancárias que operam no nosso País?
Se sim, qual a sua acção relativamente aos propalados desmandos, quer do Millennium quer os, ora vindos a público, no BPN, irregularidades que já não seriam fruto de práticas recentes?
Seria estultícia da minha parte pronunciar-me a propósito do mérito ou falta dele, na decisão do Governo de nacionalizar este último Banco. Primeiro, porque não me chegam os escassos conhecimentos que tenho da actividade bancária e das balizas legais entre as quais jogam com o capital. Segundo, porque, a exemplo de outras realidades nacionais, algumas de delicados contornos, o poder executivo é parco em esclarecimentos públicos e, ao que se ouve, na informação que é devida às outras forças partidárias com representatividade .
Limitações pessoais e desconhecimento que me não inibem de, sem que a tal seja impelido por qualquer simpatia ou interesse pessoal, estranhar a forma célere com algumas habituais correias de transmissão vieram denegrir a acção do administrador do BPN Miguel Cadilhe, sabendo, quem esteve atento, que , logo após a sua tomada de posse, em 2007, veio ele próprio denunciar as irregularidades financeiras que vinham sendo praticadas no seio daquela instituição.
O cata-vento partidário é espantoso, na forma expedita e leviana de alijar noutrem os erros e as falhas de quem tem por obrigação fazer evitá-los ou puni-los.

Por onde e como tem andado o Banco de Portugal?

domingo, 2 de novembro de 2008

Também no 9º Ano...


... as Escolas de Lafões não desiludiram, no ranking nacional de resultados nos exames.
Já por aqui havíamos realçado a prestação escolar da Escola Secundária de São Pedro do Sul, a nível do 12º Ano. É com alguma satisfação que verificamos que na média dos exames do 9º Ano aquela Escola, - quando sabemos que o Ensino Privado dominou o ranking nacional - , obteve nada menos que o 5º lugar no cômputo geral dos 64 estabelecimentos de ensino do Distrito de Viseu e o 3º, se considerarmos apenas as Escolas Públicas.
A nós que, neste e noutros lugares, nos vamos pronunciando pela negativa, decepcionados e receosos pelo devir neste País, porque, por mágoa nossa, não vislumbramos nada de bom por estas Terras de Santa Maria, fica bem celebrar o êxito e o mérito, sempre e onde ele ocorra.
E é justo que felicitemos os professores, pais e alunos da Escola Secundária de S. Pedro do Sul e os incentivemos, a eles e às outras Escolas de Lafões, a continuarem a espalhar as sementes que darão bons frutos no futuro.
Mesmo contra a "Maré" que os espartilha....

sábado, 1 de novembro de 2008

Imagens para fim-de-semana



Barco turístico no Douro-2008


Barco rabelo (Douro)



Cabo de S. Vicente


O genuíno "pica no chão"

Perdoa, Magalhães....


Adicionar imagem... àqueles que invocam o teu nome em vão...:)
E mesmo àqueles que dizem que o Tintim é tão português como tu.