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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Falar VERDADE


O 25 de Abril é data imutável e estática no calendário. O que não é imutável é o que essa data representa enquanto efeméride do primeiro passo para a democracia. Vão-se esfumando e desgastando no tempo os assomos triunfalistas, a optimista esperança depositada no aroma dos cravos, tapetes coloridos da marcha revolucionária dos tanques de 1974.

Igualdade, fraternidade, progresso económico e social e todas essa pétalas policromáticas que embelezaram todos esses desígnios prometidos vão murchando, à medida que a classe política que vamos tendo imola a própria Política que lhes deu guarida e modo de vida.

E não são só os jovens que se desinteressam.

Desinteressa-se todo um Povo a quem não se fala VERDADE.

Desencanta-se todo um Povo que, com repulsa, assiste ao rasgar de compromissos assumidos perante ele jurados, enquanto pasto de eleitoralismo partidário.

Mais do que debitar os factos históricos para que se conheçam os fundamentos da democracia, cumpre, primeiro, que os políticos aprendam a falar VERDADE e a respeitarem os compromissos assumidos.

Só assim os jovens, os menos jovens, todo um Povo, poderá ter esperança de ver floridos os cravos que Abril desabrochou!

Das ilusões, a que o Presidente da República aludiu, já conhecemos quem as vende, ao desbarato, uma das condenáveis formas de faltar á tal VERDADE. Já por aqui escrevi:

Alice no País das Maravilhas...

Nós não vivemos num país em que:- os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres;- os políticos produzem legislação que os proteja dos seus desmandos e dos seus apaniguados;- se protegem e apoiam os Bancos, as Sociedades Financeiras, as empresas especulativas, enquanto definham as pequenas e médias empresas produtivas;- se pagam indemnizações, salários e reformas de luxo a gestores públicos, não poucas vezes acabados de largarem as cadeiras do Poder, enquanto se corta nas míseras pensões de quem trabalhou e produziu toda uma vida;- se degrada a Educação, a Saúde, a Justiça, a Segurança, enquanto se afrontam os professores, se aviltam os funcionários públicos, se desautorizam as policias e as magistraturas e se encerram as estruturas de suporte àquelas áreas;- se procura o equilíbrio financeiro à custa dos sacrifícios dos mais fracos.- se.................................................................................................................................................

Nós vivemos naquele País a que a Alice nos transportou numa nuvem cor-de-rosa, no mesmo dia em que numa qualquer Patagónia os habitantes se alagavam nas sarjetas entupidas de incompetência, se afogavam nas margens de rios atulhados de incúria.Vivemos no País das Maravilhas. O da Alice!

domingo, 13 de abril de 2008

De PEMBA ao IBO - 2008

Para conhecer Pemba, a terra e as suas gentes, a realidade actual, a vida e os anseios do seu povo, nada melhor que uma visita ao blog do meu "velho" companheiro e amigo Jaime Gabão http://foreverpemba.blogspot.com

Do Ibo, aquela secular e histórica ilha do arquipélago das Quirimbas, sabe Carlos Lopes Bento, a crer no que dele tenho lido, quem mais conhece do passado daquelas terras, dos usos e costumes dos povos que a foram habitando ao longo dos tempos. Relatos maravilhosos que me deram a conhecer realidades que as poucas visitas que efectuei àquela ilha me não permitiram conhecer de todo.

É, também, no ForeverPemba que se podem consultar os textos de Carlos Lopes Bento.

Lembrei-me de Pemba neste Domingo......mitiguei a saudade!